Meu Deus eu creio em vós!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Um dia entre a boa disposição e a tristeza, um dia em que senti muito a solidão...e também não me apetecia rezar...este já é um tema por demais rebatido. Nestes dias não, então é escusado, parece uma roda dentada que emperrou e não anda nem desanda...pela minha cabeça passam assim à maneira de flaches os  mais diversos pensamentos e diga-se em abono da verdade não são os melhores....o meu coração tem muitas pequenas feridas não cicratizadas e o mais pequenino aperto faz sangrar uma ou outra...eu ofereço tão pouco ao Senhor, que talvez Ele aceite estes pequenos grãos de areia. Quando se é criança ou jovem tudo são sonhos e não se sabe o que virá depois....o pior é quando a determinada altura eles se transformam em pesadelos. E mais são dolorosos pesadelos, que marcam a alma como se fossem estigmas... às vezes fico tão frágil que qualquer vento me derruba. Mas eu não me considero uma pessoa fraca, antes pelo contrário.
Os rios que atravessei alguns caudalosos, as pontes que atravessei, os degraus que subi e desci...as lágrimas que chorei...a solidão que passei, a luta que travei em que umas vezes saía ilesa, outras muito amachucada. Não são sinais de fraqueza
. Longos e penosos anos em que eu fui buscar as forças à minha fé, mesmo quando não estava em comunhão com a igreja...sim, houve momentos em que me afastei, graças a Deus não perdi a fé, mas afastei-me, por etapas...mas acabava sempre por regressar aos braços do Pai Misericordioso, não me envergonho de dizer a maior parte das vezes que me aproximei foi depois de grandes provações. Seria essa a maneira que Deus usou para me chamar à razão...certamente. Dizer que tudo por que passei redundou numa profunda e renitente depressão, é verdade...apesar dos meus esforços, pode haver dias sim...mas também continuam a haver muitos não...há coisas que eu podia e posso controlar, todavia há outras que fogem completamente do meu controle. Quantas coisas terei feito mal também...isso eu encontro num abrangente exame de consciência e  a verdade é que não gosto do que me lembro...

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