Meu Deus eu creio em vós!

sexta-feira, 24 de maio de 2013


A ESCADA DA MINHA VIDA
Parte V

Dos 18 aos 20 e poucos anos

Tal como referi atrás, a minha vida deu uma volta de mais de 180º. em todos os sentidos. Durante este tempo que considero um dos mais felizes da minha vida cresci não só fisicamente mas também intelectualmente. Neste espaço eu lia, sempre que apanhava livros a  jeito, a vida dos santos. Fascinava-me e queria muito emitá-los, especialmente a vida de Santa Teresinha do Menino Jesus "História duma alma" que me fez desejar ter um casamento como os pais de Santa Teresinha. Não era presunção, era um ingénuo desejo, agora reconheço, já que o meu casamento nem de perto nem de longe, se veio a parecer com o dos pais de Santa Teresinha, antes pelo contrário. Continuava na firme esperança de que iria estudar, tão depressa atingisse a maioridade, que naquele tempo era só aos 21 anos.
Todavia um dia em que fora buscar os animais ao pasto creio eu e pensando no meu grande desejo de estudar, que nunca me abandonava, tive uma premonição: a minha madrinha de baptismo, morava na cidade tinha casado em segundas núpcias com um senhor já de alguma idade. Não costumava vê-la, só uma vez a tinha visto depois de casada. Pois eu tive este pensamento relâmpago, o esposo dela morria e ela chamava-me para ir viver com ela.
Foi um pensamento passou e acho que não voltei a pensar no assunto nesses termos. Tinha 17 anos,  próximo dos 18, e eis senão quando a minha mãe soube que a comadre tinha ficado viúva, pois o marido morrera de repente. Devia se o mês de Junho, eu fazia os 18 anos em Agosto...fomos visitá-la para lhe apresentar os nossos  pêsames. A minha madrinha estava sozinha e queria companhia e fazia muito gosto em que fosse estudar. Regressei com a minha mãe para casa, mas voltei pouco depois e fui ficando com ela. Entretanto conseguiram, ela e a minha mãe, convencer o meu pai a deixar-me ir estudar. E nesse mesmo ano após fazer dezoito anos matriculei-me no 1º. ano do Curso Geral de Comércio à noite, já que durante o dia tinha que ajudar a minha madrinha nos trabalhos domésticos e além disso já não tinha idade para frequentar o ensino diurno. Foi mais uma das grandes alegrias que eu tive e que permaneceu durante muito tempo. Fiquei portanto em casa dela e com a grande alegria que sentia por ver o meu desejo concretizado era uma muito boa aluna, sentia orgulho das minhas notas, de ficar sempre no quadro de honra da escola, sempre em todos os trimestres. Não levou muito tempo a ver o meu esforço, que aliás não era esforço, a ser reconhecido pelos professores e pelos colegas.  tudo o resto não interessava muito, algumas contrariedades que que aconteciam na casa da minha madrinha. No segundo ano arranjei emprego de dia e no terceiro ano como a minha madrinha se ausentou de casa, eu tive de alugar um quarto que pagava com o meu ordenado bem como a minha alimentação. Pedi à minha avó paterna para me fazer companhia e fui muito feliz nestes tempos, graças a Deus, continuava muito piedosa e até espiritualmente era feliz. Foi nessa  altura que comecei a pertencer à Legião de Maria.


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