Tenho sede de Deus...não consigo mitigar essa sede com a comunhão...pois o vazio continua...falta qualquer coisa, sinto-me muito fraquinha e sem forças, qualquer coisa me deita abaixo, me tira o ânimo e a coragem...era suposto que após a comunhão, me sentisse enebriada e alegre por ter recebido Jesus no meu coração...mas às vezes fico tão fria, parece que é tudo rotineiro...ora não é o que se espera para receber tão ilustre visitante. Mas nesta altura...para não, dizer sempre, há uma tal  sensação de abandono...do ficar só. As vezes eu penso e digo baixinho...oh, meu Jesus olhe que a cruz que colocaste nos meu ombros está a pesar muito...mas logo me lembro das palavras de Jesus Getsmani...Pai se fôr possível afasta de mim este cálice...mas logo acrescentou...não se faça a minha  mas a tua vontade...quando estou triste e a sofrer, parecendo abandonada por tudo e por todos, até pelo próprio Deus...eu vislumbro ao fundo uma luzinha titubiante e depois sou carregada ao colo por Jesus: Fico alegre e feliz porque  aquele momento, que mostra que Deus me ama...e muito. Não sou de grandes exuberâncias e os meus sentimentos de alegria são silênciosos, mais para mim, assim como o meu sentimento de sofrimento eu procuro resignar-me, se Deus, o destinuou Ele lá sabe porquê...só peço a ajuda do cireneu, quando a cruz pesa mais. Às vezes, parece que não amo a Deus, não tenho grandes tiradas, lindas palavras de fé e consolação, pareço tão morna...mas eu sou assim tímida em tudo...não quero dizer que não aceite,  com maior ou menor devoção só que não consigo manifestar para além do meu sentir...perdoas-me meu Jesus por não saber dar mais testemunho de Ti? Por não estar mais unida a Tí?... é um caminho que ainda não consigo percorrer sózinha, nem que seja pela protecção do meu Anjo da Guarda, e de Maria que está lá  sempre como mãe carinhosa e piedosa...